A semana passada foi muito desgastante e estressante, por conta de uma resposta que eu tinha que dar ao meu marido sobre um apoio que ele havia me pedido para um projeto.
Ao me apresentar o projeto, apresentou também contas, argumentos, prós e tudo lindo e maravilhosooooooooooooo!!!!!!. ( o cara é demasiadamente otimista..afff até me irrita!!!!!!!)
Eu atentamente olhei, li, reli, escutei e me desesperei, digo desesperei porque queria dentro de mim, apoiar, motivar e principalmente ajuda-lo.
Passei 2 noites em claro pensando, rezei muito, mas no auge da angústia e razão a sensibilidade não me deixou ouvir a resposta da oração.
Eu só tinha dentro de mim que precisava responder e positivamente para não desaponta-lo,( isto nesta cabecinha de minhoca) afinal sou sua companheira...rsrsrsrrsrsrs
Mas a angústia era tanta que acabei me desabafando com um amigo no trabalho, ele ouviu, ouviu, ouviu e nada falava, óbvio que aquilo estava me irritando, afinal eu queria ouvir a resposta, e o filho da mãe me fez uma pergunta!!!!!!!!
PÔ!!! Eu quero resposta e não pergunta.
Ele perguntou :
-Quem é a sua família???
-Quem cuidará de você até o fim dos seus dias, se você não se for antes dele???? E contou algumas situações que havia passado com a esposa.
Amigo legal este né???? Só enfiou caraminhola nesta cabeça que já estava louca!!!!!!!!
Mas, por fim acabei passando mal e fui ao Pronto Socorro e tive que esperar para fazer uma radiografia, enquanto eu esperava entrou um casal de idosos, lindinhos, o homem amparava sua esposa, ele a pegou pelo braço e a sentou na cadeira, depois fez a ficha dela e sentou-se ao lado dela.
E eu só observando ( mas já com um nó na garganta, porque quando não ouvimos a resposta da oração, ALGUÈM lá em cima manda o recado de outro jeito), pegou os pés dela e ajeitou na cadeira, de forma que ela pudesse encostar a cabeça no seu ombro.
E ali ficou ao lado dela, segurando sua mão até chamarem-na e depois em passos lentos a acompanhou até o consultório do médico que a chamou.
Semblante tranqüilo dos dois, ele nem estava bravo porque ela andava devagar, muito pelo contrário, a acompanhava na mesma velocidade.
E eu quietinha ali, só olhando........
Naquele momento eu encontrei a resposta dentro de mim e compreendi porque não conseguia enxerga-la.
Não a enxerguei, pois dei importância aos fatores e pessoas erradas.
Não foquei as pessoas e situações corretas!!!!!!!!!!!! Bingo!!!!!!!!!!!! A angústia se foi.
Cheguei em casa e conversei com meu marido, chorei igual criança e disse que naquele projeto eu não poderia embarcar com ele, porque me parecia doidera, mas que em um menorzinho, ele tinha meu apoio.
Ele disse : Nossa!!!!!!!! Não sabia que você estava assim, eu quero, gostaria e acho que devemos, pra falar a verdade também não estou muito confiante, mas , convicto que valeria a pena tentar.
Por fim, apaziguado a angústia, ele decidiu por si só, ufa!!!!! desconsiderar ,e eu fiquei com a imagem do casal na minha mente.
Porque, de fato, muitas vezes não damos valor ou consideramos o que realmente deve ser considerado, perdemos o foco.
Acho que tomei a decisão certa e fiquei feliz, por poder “ consertar alguns pensamentos internos” que tenho sobre a importância da família, e das pessoas em nossas vidas.
Até a próxima